Indígenas que entraram em confronto armado no interior de Pitanga ainda não se acertaram e mais de 200 seguem desabrigados
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As aldeias da etnia Kaingang que brigaram entre si na cidade de Pitanga, na madrugada de sábado (4), onde pelo menos 60 casas foram incendiadas e 7 indígenas tiveram ferimentos graves, não chegaram a um acordo e, mais de 200 indígenas, seguem desabrigados na Escola da Localidade São João da Colina.
O vice-presidente do Conselho Estadual dos Povos Indígenas, cacique Miguel Alves, intermediou as duas reuniões que aconteceram na última terça-feira (7). Uma delas foi feita pela manhã na aldeia Ivaí que fica do lado de Manoel Ribas, e a outra na parte da tarde na aldeia Serrinha que fica do lado de Pitanga.
Nenhuma delas cedeu, o que significa que os indígenas da aldeia Ivaí não concordam que os da Serrinha continuem vivendo nas terras em que estavam.
Por outro lado, os indígenas da Serrinha não pretendem sair do local.
Conforme o cacique, após a tentativa e o não acordo entre as aldeias, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) segue para Guarapuava, para tentar conversar com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF).
A ideia é decidir os próximos passos para mediação e o destino das famílias desabrigadas, uma vez que os indígenas estão no Colégio Estadual que deve iniciar o ano letivo em 5 de fevereiro.
Com Lucas Polak, g1 PR e RPC — Guarapuava