Conflito entre indígenas termina com feridos e mais de 200 desabrigados em Pitanga
242 indígenas, entre eles, 35 crianças, precisaram ser abrigados na Escola da Localidade de São João da Colina, no interior de Pitanga, na região Central do Estado do Paraná, após conflito entre as duas aldeias da etnia Kaingang, que aconteceu na madrugada de sábado (6).
Na confusão, pelo menos sete pessoas tiveram ferimentos graves e 60 casas foram incendiadas.
A RPC, afiliada da Globo no Paraná, apurou que os membros das duas aldeias viviam em uma só comunidade até o começo de 2024, mas se separaram depois que começaram a divergir sobre questões de liderança.
De acordo com a Polícia Militar, o conflito de sábado começou depois que indígenas da aldeia Ivaí, da cidade de Manoel Ribas, foram de carro até o limite com a aldeia da Serrinha, que fica em Pitanga, para cuidar de máquinas agrícolas que estavam aplicando veneno em uma lavoura.
No local, ainda segundo a PM, os indígenas da Aldeia Ivaí foram espancados pelos membros da aldeia rival, (Serrinha).
Um deles, identificado como sendo um professor, ficou gravemente ferido e precisou ser transportado de helicóptero pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) até um hospital em Apucarana, no norte do Paraná, mais ainda não há detalhes sobre o estado de saúde dele.
Escala do conflito
O registro da PM diz, também, que após as primeiras agressões, indígenas da aldeia Ivaí souberam da confusão e foram até o local onde começou uma briga generalizada.
Seis pessoas ficaram gravemente feridas e foram internadas em um hospital de Manoel Ribas. Outras pessoas tiveram ferimentos leves e foram socorridas por equipes da Secretaria Municipal de Saúde de Pitanga.
No conflito, os indígenas que viviam na aldeia da Serrinha tiveram as casas incendiadas. Conforme a PM, cerca de 60 moradias ficaram totalmente destruídas. Veículos também foram queimados.
A Polícia Civil (PC-PR) investiga o caso.
A Prefeitura de Pitanga informou que está dando suporte de saúde e assistência social aos indígenas. Afirmou, também, que acionou a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), autoridades estaduais e federais para buscarem ações de solução do conflito e destino dos indígenas desabrigados.
Com g1 PR e RPC Guarapuava — Curitiba